SÃO PAULO (Reuters) - O furto de quatro notebooks com dados confidenciais sobre áreas petrolíferas da Petrobras --que pode ter sido uma ação de espionagem industrial-- está sob investigação da Polícia Federal diante do risco à segurança nacional. A estatal anunciou recentemente a descoberta de reservas de gás e petróleo consideradas gigantes no litoral brasileiro. A investigação da PF correrá sob sigilo, informou a delegacia em Campos (RJ), e a Petrobras, que decidiu centralizar informações corporativas sobre o caso, calou-se sobre o assunto. Abaixo, o que se sabe do crime até agora: O FURTO A PF confirmou que foram furtados quatro notebooks e dois pentes de memória RAM, onde estariam armazenados dados colhidos pela empresa norte-americana Halliburton, que presta serviços à Petrobras. A diretora-interina da delegacia da PF de Macaé Carla Dolinski admite duas possibilidades: furto simples e espionagem industrial. O CONTEÚDO Ainda não houve confirmação sobre quais dados estavam armazenados nos computadores portáteis. A Petrobras limitou-se a informar que "continham informações importantes para a companhia". A Halliburton foi contratada para realizar testes em reservatórios, possivelmente incluindo o megacampo de Tupi, na bacia de Santos. O QUE DIZEM OS ENVOLVIDOS A Halliburton, "seguindo instrução da Petrobras", informou que toda informação relativa ao caso deve ser fornecida pela estatal. Já a petrolífera brasileira divulgou um comunicado breve na quinta-feira confirmando "um furto de equipamentos e materiais que continham informações importantes para a companhia, em instalações da empresa que presta serviços especializados para a Petrobras". COMO OCORREU Os equipamentos estavam em um contêiner transportado por navio entre Santos e Rio de Janeiro e por rodovia no trecho final de 200 Km entre a capital fluminense e Macaé. Segundo jornais, a transportadora seria a Transmagno, com sede em Macaé. Funcionários da Halliburton identificaram a troca de um cadeado, apontando violação do contêiner. A Petrobras foi comunicada e, posteriormente, a PF. A delegada Dolinski apontou que o contêiner não foi apropriadamente preservado para a perícia. CRONOGRAMA DO FURTO 18 de janeiro -- um navio-sonda com o contêiner partiu da bacia de Santos. 25 de janeiro -- o navio aporta no Rio de Janeiro. 30 de janeiro -- contêiner chega a Macaé por carreta. 31 de janeiro -- funcionários da Halliburton constatam o furto. 1o de fevereiro -- Petrobras comunica o furto à Polícia Federal. 7 de fevereiro -- PF abre inquérito. 8 de fevereiro -- PF realiza perícia no contêiner. 14 de fevereiro -- a informação sobre o furto é tornada pública.UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s)
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