quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Brasil pode responder por 6% das exportações de petróleo no mundo, aponta estudo

27/02/2008 - 14h14

CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

O Brasil poderá ser responsável por até 6% das exportações mundiais de petróleo em 2025, com a descoberta do campo de Tupi, na Bacia de Santos, segundo um estudo elaborado pelo professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Adilson de Oliveira.

O especialista prevê que as vendas de petróleo do país, no exterior, poderão alcançar a marca de 3 milhões de barris/dia em 2025.

O estudo inclui as vendas da produção internacional da Petrobras em outros países, cuja produção ultrapassará a marca de 1 milhão de barris/dia daqui a 17 anos. Na opinião de Oliveira, não havia ocorrido, desde a década de 70, descoberta da magnitude de Tupi, em todo o mundo.

A estimativa da Petrobras é que as reservas de Tupi variem entre 5 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) e 8 bilhões de boe.

Geopolítica do petróleo

"Atualmente, temos uma participação irrisória. Mas com a descoberta de Tupi, temos essa possibilidade de sermos um agente significativo na geopolítica do petróleo. Nossa balança comercial de petróleo poderá ter um saldo relevante", afirma.

Para isso, ressalta, serão necessários investimentos bastante elevados, que poderão variar de US$ 236,5 bilhões a US$ 282,1 bilhões, entre 2013 e 2025. Esses recursos seriam suficientes, para entre outras coisas, a construção de 46 a 57 plataformas, quatro a sete refinarias, e 44 a 69 navios de transporte, de acordo com o crescimento do país nesse período.

O professor estima que o consumo interno de petróleo chegará a algo entre 2,8 milhões de barris/dia a 3,5 milhões de barris/dia em 2025.

Oportunidade de crescimento

Oliveira destaca que o petróleo é a grande oportunidade para que o Brasil impulsione o crescimento econômico nos próximos anos. Além do aumento da produção, o especialista avalia que os fornecedores de equipamentos terão, no mercado da costa ocidental da África, grandes possibilidades de negócios.

Em função do atual estágio de desenvolvimento da cadeia nacional de petróleo e da similaridade geológica entre as costas brasileira e a africana, Oliveira considera que as empresas nacionais têm condições de serem os grandes fornecedores para a indústria petrolífera africana.

"O mercado brasileiro vem crescendo, e ganha cada vez mais escala. Isso está permitindo que as empresas daqui se desenvolvam, e possam fornecer, no futuro, serviços para outros mercados. A logística também privilegia que as empresas brasileiras tenham mais condições", observou.

América do Sul e África

Adilson de Oliveira afirmou que as costas da América do Sul (Argentina e Brasil) e da África (Nigéria, Angola, Guiné e parte do Gabão) se tornarão um dos principais pólos produtores offshore [em mar] do mundo.

Para a América do Sul, com destaque principal para o Brasil, espera-se que a produção passe de 2,5 milhões de barris/dia para 6,1 milhões de barris/dia em 2030. Na África, a produção deverá saltar de 4,9 milhões de barris/dia para 12,4 milhões de barris/dia em 2030.

Ao mesmo tempo, a produção do Mar do Norte (que engloba Noruega e Inglaterra) cairá de 4,9 milhões de barris/dia para 2,5 milhões de barris/dia, no mesmo período. No Golfo do México (Estados Unidos, Venezuela e México), passará de 17,2 milhões de barris/dia para 20,4 milhões de barris/dia.

Já a produção offshore asiática chegará a 8,7 milhões de barris/dia em 2030, ante os 7,4 milhões de barris/dia atuais, prevê o estudo.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Planalto acredita que furto na Petrobras é questão de Estado

16/02/2008 - 06h00

O governo decidiu transferir para a PF (Polícia Federal) o comando da investigação acerca do furto de computadores da Petrobras, informa reportagem de Valdo Cruz publicada neste sábado na Folha de S.Paulo (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal). O caso, considerado grave pelo presidente Lula por envolver interesses nacionais, deve ser mais do que uma "simples espionagem industrial", de acordo com a assessoria da presidência.

O Planalto acredita que o furto dos computadores, discos rígidos e pen drives contendo informações sigilosas da empresa pode ter sido arquitetado por uma quadrilha internacional especializada em venda e obtenção de informações sigilosas. Além da PF, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) também auxiliará nos trabalhos de apuração.

Os equipamentos foram furtados no dia 1º de fevereiro de um contêiner sob responsabilidade da empresa americana Halliburton. No material, havia dados sobre as recentes descobertas da estatal de reservas de óleo e gás, como a do campo de Tupi, na bacia de Santos.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Petrobras e PF decidem calar sobre roubo de notebooks

15/02/2008 - 20h22

SÃO PAULO (Reuters) - O furto de quatro notebooks com dados confidenciais sobre áreas petrolíferas da Petrobras --que pode ter sido uma ação de espionagem industrial-- está sob investigação da Polícia Federal diante do risco à segurança nacional.

A estatal anunciou recentemente a descoberta de reservas de gás e petróleo consideradas gigantes no litoral brasileiro.

A investigação da PF correrá sob sigilo, informou a delegacia em Campos (RJ), e a Petrobras, que decidiu centralizar informações corporativas sobre o caso, calou-se sobre o assunto.

Abaixo, o que se sabe do crime até agora:

O FURTO

A PF confirmou que foram furtados quatro notebooks e dois pentes de memória RAM, onde estariam armazenados dados colhidos pela empresa norte-americana Halliburton, que presta serviços à Petrobras.

A diretora-interina da delegacia da PF de Macaé Carla Dolinski admite duas possibilidades: furto simples e espionagem industrial.

O CONTEÚDO

Ainda não houve confirmação sobre quais dados estavam armazenados nos computadores portáteis.

A Petrobras limitou-se a informar que "continham informações importantes para a companhia".

A Halliburton foi contratada para realizar testes em reservatórios, possivelmente incluindo o megacampo de Tupi, na bacia de Santos.

O QUE DIZEM OS ENVOLVIDOS

A Halliburton, "seguindo instrução da Petrobras", informou que toda informação relativa ao caso deve ser fornecida pela estatal.

Já a petrolífera brasileira divulgou um comunicado breve na quinta-feira confirmando "um furto de equipamentos e materiais que continham informações importantes para a companhia, em instalações da empresa que presta serviços especializados para a Petrobras".

COMO OCORREU

Os equipamentos estavam em um contêiner transportado por navio entre Santos e Rio de Janeiro e por rodovia no trecho final de 200 Km entre a capital fluminense e Macaé.

Segundo jornais, a transportadora seria a Transmagno, com sede em Macaé.

Funcionários da Halliburton identificaram a troca de um cadeado, apontando violação do contêiner.

A Petrobras foi comunicada e, posteriormente, a PF.

A delegada Dolinski apontou que o contêiner não foi apropriadamente preservado para a perícia.

CRONOGRAMA DO FURTO

18 de janeiro -- um navio-sonda com o contêiner partiu da bacia de Santos.

25 de janeiro -- o navio aporta no Rio de Janeiro.

30 de janeiro -- contêiner chega a Macaé por carreta.

31 de janeiro -- funcionários da Halliburton constatam o furto.

1o de fevereiro -- Petrobras comunica o furto à Polícia Federal.

7 de fevereiro -- PF abre inquérito.

8 de fevereiro -- PF realiza perícia no contêiner.

14 de fevereiro -- a informação sobre o furto é tornada pública.

UOL

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Petrobras informa roubo de computadores com dados importantes

14/02/2008 - 11h43

Marcelo Teixeira

Reuters

Em São Paulo

A Petrobras informou nesta quinta-feira que sofreu um roubo de computadores que armazenavam dados importantes de pesquisas realizadas na costa brasileira.

"Houve um furto de equipamentos que continham informações importantes para a companhia", informou a estatal em nota divulgada para a imprensa.

"O assunto está sob investigação", acrescentou a empresa, que informou ter cópias dos dados que estavam nos computadores roubados.

De acordo com a empresa, o roubo ocorreu durante o transporte dos equipamentos de uma estação de pesquisa no mar, em Campos, para escritórios da empresa na cidade de Macaé.

A Petrobras informou que o transporte estava sendo realizado por uma empresa terceirizada, cujo nome não foi revelado. A estatal não confirmou comentários que circulam na mídia nesta quinta-feira de que os computadores continham informações sigilosas sobre as reservas de petróleo e gás na camada ultraprofunda chamada de pré-sal, onde está o megacampo de petróleo de Tupi, na bacia de Santos.

Não foram fornecidos detalhes sobre o tipo de informação contida nos equipamentos.

A camada pré-sal, que se estende por 800 quilômetros ao longo da costa brasileira, é foco de forte interesse no setor de petróleo desde que a Petrobras confirmou reservas recuperáveis de 5 a 8 bilhões de barris no campo ultraprofundo de Tupi.

O diretor de Exploração e Produção da empresa, Guilherme Estrella, afirmou recentemente que não há mais risco exploratório na região pré-sal, ou seja, é praticamente certo que todo poço perfurado encontrará petróleo ou gás.

O governo federal retirou de leilão várias áreas próximas a Tupi, aguardando ter mais informações sobre o potencial dos blocos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Petrobras deve investir R$ 12 bi em plataformas para explorar bacia de Santos

11/02/2008 - 09h24


da Folha Online

Para que possa explorar o potencial do campo de Tupi, na bacia de Santos, a Petrobras estima que serão necessárias dez novas plataformas, a um custo de ao menos R$ 1,2 bilhão cada, informa a repórter Renata Lo Prete, no Painel da Folha desta segunda-feira (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Na semana passada, o britânico BG Group divulgou nota estimando que a área de Tupi, na Bacia de Santos, pode ter capacidade entre 12 bilhões e 30 bilhões de barris de petróleo equivalente, acima de sua estimativa anterior entre 1,7 bilhão e 10 bilhões de barris.

Em um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários de Lisboa, o grupo português Galp Energia também confirmou que o campo petrolífero de Tupi tem reservas estimadas entre 12 e 30 bilhões de barris de petróleo.

A BG Group tem 25% do consórcio que explora Tupi, a Galp possui 10% e a Petrobras, 65%.
As reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil ficaram em 13,920 bilhões (barris de óleo equivalente) em 2007, segundo o critério adotado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Em reportagem do mês passado, o diário americano "The New York Times" informou que a descoberta da reserva de petróleo de Tupi tem o potencial de transformar o Brasil em um exportador de porte.

A reportagem afirma ainda que, somada aos projetos de refino da Petrobrás já em andamento, a reserva poderia, eventualmente, tornar o Brasil um maior exportador de gasolina. A reportagem ainda destaca que a reserva Tupi está criando euforia entre as maiores empresas de petróleo do mundo.

"Tupi é a maior descoberta de petróleo do mundo desde que foi encontrada uma reserva de 12 bilhões de barris no Cazaquistão, em 2000", acrescenta o jornal.

A reportagem afirma, no entanto, que será necessário resolver algumas questões técnicas para que a reserva --em águas profundas-- possa ser explorada, mas que a Petrobrás parece otimista.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

HISTÓRIA DO PETRÓLEO NO BRASIL - O PETRÓLEO NA AMAZÔNIA (Wladmir Coelho)

De: Wladmir Tadeu Silveira Coelho
Para: Dr. Edson Paim
Data: 07/02/08 21:41
Assunto: POLÍTICA ECONÔMICA DO PETRÓLEO

POLÍTICA ECONÔMICA DO PETRÓLEO

Prezado Dr. Edson Paim

Foi publicado no blog POLÍTICA ECONÔMICA DO PETRÓLEO um novo artigo intitulado:

HISTÓRIA DO PETRÓLEO NO BRASIL- O PETRÓLEO NA AMAZÔNIA. Obrigado Wladmir Coelho.

www.politicaeconomicadopetroleo.blogspot.com