A crise financeira mundial – ao que parece – encerrou a hegemonia do pensamento regulatório conduzindo o Estado para o centro das decisões econômicas assumindo este o controle de parcela considerável do setor bancário internacional. Ao analisar esta nova situação não podemos esquecer que desde a década de 1980 as legislações dos diferentes países foram transformadas para atender as necessidades do capital financeiro transferindo setores importantes da economia ao controle de conglomerados financeiros dos Estados Unidos e Europa.
Deste modo o predomínio do modelo regulatório determinou o afastamento do Estado das atividades econômicas através da privatização, quebra de monopólios e suspensão de proteções alfandegárias gerando uma incrível oferta de empresas nos setores energético, de infra-estrutura, bancário, transporte dentre outros.
O financiamento necessário à aquisição das empresas privatizadas foi "generosamente" oferecido por instituições bancárias como o "Citigroup" que intermediaram importantes processos de compra e venda de empresas como a Vale do Rio Doce ou na construção do gasoduto Bolívia-Brasil além de participar das privatizações na antiga área de influência da União Soviética no setor petrolífero.
A presença do "Citigroup" nos processos de privatização e abertura do mercado resultou no controle de aproximadamente 30% do financiamento para o setor petrolífero mundial garantindo ao grupo financeiro uma influência inquestionável na elaboração da política econômica do petróleo. Esta forte presença do "Citigroup" no setor do petróleo passa agora ao controle do governo dos Estados Unidos em função da intervenção no citado conglomerado medida que desequilibra ainda mais o setor petrolífero atrelado – agora – diretamente as necessidades da política econômica estadunidense.
Considerando a diminuição no consumo do petróleo e conseqüente queda em seu valor a discussão pode parecer secundária, entretanto, para vencer a presente crise, será necessário a efetiva presença do Estado promovendo o fortalecimento do mercado interno como sinalizam, por exemplo, a China, os Estados Unidos e países da Europa.
Na Espanha a política econômica do petróleo adaptou-se rapidamente a esta nova realidade aspecto verificado na tentativa da construtora "Sacyr" em vender sua participação de 20% na Repsol à estatal russa "Gazprom" recebendo o seguinte aviso do ministro da indústria Miguel Sebastian:"O governo fará o que estiver ao seu alcance para que "Repsol" continue independente e espanhola". O protecionismo tornou-se palavra de ordem diante da crise e os países mais fortes economicamente tratam de proteger suas empresas e acesso aos bens energéticos. Enquanto isso o Brasil continua na contra mão e preso ao debate regulatório buscando a melhor forma de entregar o óleo do pré-sal aos oligopólios em troca de taxas e impostos distanciando-se da nova realidade econômica mundial.
*Mestre em Direito, Historiador, Conselheiro da Fundação Brasileira de Direito Econômico
http://politicaeconomicadopetroleo.blogspot.com/
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Wladmir Coelho
sábado, 29 de novembro de 2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Banco do Brasil socorreu Petrobras com empréstimo de R$ 750 mi
da Folha Online
Hoje na Folha Antes de tomar empréstimo da Caixa Econômica Federal, a Petrobras também recorreu ao Banco do Brasil no fim de outubro. Num momento de crise no crédito e falta de dólares para exportação, a maior empresa brasileira fez uma operação de R$ 750,99 milhões com o BB, informa reportagem de Leandra Peres e Juliana Rocha na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Procurado, o BB não se manifestou sobre a operação. Nesta quinta-feira, a Folha noticiou que a petrolífera já havia tomado R$ 2,022 bilhões junto à Caixa. A Petrobras recorreu à Caixa porque o BB já havia chegado ao limite de empréstimos à petroleira.
Em nota, a Petrobras informou que os empréstimos serviram para "reforçar o capital de giro" da companhia.
No Rio, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou que a Petrobras esteja descapitalizada. Já o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse, em Brasília, que o empréstimo junto à Caixa Econômica Federal não é grave.
"Ela [Petrobras] não está mal. Está como sempre esteve. Teve apenas dificuldades momentâneas em razão de impostos e compromissos que teve de pagar, mas é uma situação que se restabelece", disse Lobão.
Nesta quinta-feira, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta quinta-feira a convocação dos presidentes da Petrobras, da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do Banco Central para discutir a situação financeira da estatal petrolífera.
"Em outubro, a Companhia teve maiores gastos com impostos e taxas, com o recolhimento de mais de R$ 11,4 bilhões no mês. Parte desses pagamento refere-se ao IR (Imposto de Renda) e ao CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), devido ao maior lucro líquido apurado no terceiro trimestre de 2008 e participações especiais calculadas com base no valor de pico do preço do petróleo", explicou a empresa.
Hoje na Folha Antes de tomar empréstimo da Caixa Econômica Federal, a Petrobras também recorreu ao Banco do Brasil no fim de outubro. Num momento de crise no crédito e falta de dólares para exportação, a maior empresa brasileira fez uma operação de R$ 750,99 milhões com o BB, informa reportagem de Leandra Peres e Juliana Rocha na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Procurado, o BB não se manifestou sobre a operação. Nesta quinta-feira, a Folha noticiou que a petrolífera já havia tomado R$ 2,022 bilhões junto à Caixa. A Petrobras recorreu à Caixa porque o BB já havia chegado ao limite de empréstimos à petroleira.
Em nota, a Petrobras informou que os empréstimos serviram para "reforçar o capital de giro" da companhia.
No Rio, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou que a Petrobras esteja descapitalizada. Já o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse, em Brasília, que o empréstimo junto à Caixa Econômica Federal não é grave.
"Ela [Petrobras] não está mal. Está como sempre esteve. Teve apenas dificuldades momentâneas em razão de impostos e compromissos que teve de pagar, mas é uma situação que se restabelece", disse Lobão.
Nesta quinta-feira, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta quinta-feira a convocação dos presidentes da Petrobras, da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do Banco Central para discutir a situação financeira da estatal petrolífera.
"Em outubro, a Companhia teve maiores gastos com impostos e taxas, com o recolhimento de mais de R$ 11,4 bilhões no mês. Parte desses pagamento refere-se ao IR (Imposto de Renda) e ao CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), devido ao maior lucro líquido apurado no terceiro trimestre de 2008 e participações especiais calculadas com base no valor de pico do preço do petróleo", explicou a empresa.
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